quarta-feira, 28 de outubro de 2009

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domingo, 25 de outubro de 2009

+ textos

Uma das grandes vantagens do abstrato é justamente possibilitar ao observador o poder de viajar na tela, reinventar o quadro que o artista nos apresente. Não vou tirar-lhes esse prazer (que é qualidade na pintura de Orlando Guerreiro) fazendo literatura. Endosso apenas a exposição, no que ela tem como valor positivo a temática, a cor e a garra do artista.
MÁRIO GARCIA – Gullén
Membro dos críticos de Arte APCA e Adido Cultural da Espanha em São Paulo



A OBRA
O encontro com a arte de Orlando Guerreiro fica marcado pelo fascismo e o estimulo. É fascinante por seu aspecto plástico mais puro, o cromático com o qual ele trabalha, conseguindo caminhar com naturalmente dos tons mais contidos e profundos, aos mais claros e dinâmicos. É todo um encontro de formas, que ele dispõe com extrema habilidade em espaços que não chegaram a requerer as grandes dimensões, ao contrário, ficam esplêndidas nos limites mais estreitos.
O estimulante é justamente caminhar por essas formas e esse cromático, encontrar figuras-imagens que ele dispõe, sempre num sentido ligado umbilicalmente à realidade, num olhar à volta para registrar esse cotidiano, onde não faltam toques habilidosos e harmônicos de humor. Essas imagens que nos sugerem sempre o homem urbano, podem ganhar dimensões mais amplas de um quase abstrato da obra aberta, para se completar em quem vê.
A isso acrescenta-se a maestria de Orlando Guerreiro, um artista jovem de idade, mas de profundo domínio técnico que se permite a liberdade de aliar num mesmo trabalho diferentes materiais, com a ousadia de quem sabe por onde caminhar e os objetivos à atingir. Sem dúvida alguma Orlando está na maturidade do fazer, tendo a seu favor ainda todo um horizonte de descobertas temáticas, de visão dos que não estão nunca acomodados.
Acima de tudo, a pintura-desenho de Orlando Guerreiro tem um profundo sentido de contemporaneidade, do homem que está firme no presente e, por isso, pode manipular todos os signos da comunicação atual, e dirige a sua mensagem para um futuro amplo, no qual ele acredita e nos leva a acreditar também, tanto no homem como no artista que ele é.
Some-se a isso a pessoa gente que é Orlando Guerreiro, um outro universo a descobrir, claro que profundamente ligado com esse plástico, e que se completam os dois. Ambos, homem-arte, fincados no presente e com raízes no futuro.

ROBERTO PERES
(Editor de arte do jornal CIDADE DE SANTOS)

textos sobre a obra

TEXTOS SOBRE A OBRA


Já que um homem de criação não deve ser um especialista, porque haveria eu então só escrever sobre cartunista?
ORLANDO GUERREIRO não é um cartunista, mas um parente próximo. Um artista inquieto que pode virar a mesa de um quadro pro outro e deixar a gente chupando drops de anis. Embora mantenha a idéia de criar “experiências visuais”, essas experiências não se limitam às alternativas técnicas. Através de látex, guache, extrato de nogueira, aerógrafo, nanquim, Guerreiro se dispõem a adicionar ao seu simbolismo, temas tão contundentes como o destino do Oriente Médio. As cores frias demarcam com as quentes, um horizonte de expectativas que através de códigos de efeito, permitem à Guerreiro tratar a experiência visual como uma proposta que pode ir além da plástica. Por enquanto Guerreiro descarta estruturalismo e se vale do sensorial, o que torna sua arte intuitiva, aparentemente num clima de informática. Com esses ingredientes básicos, Guerreiro se revela um artista ousado e capaz de criar uma intimidade que a arte nega a tantos jovens artistas.
GEANDRÉ– Cartunista



Acrílico, nanquim, guache, rolos para pintura, pincéis, aerógrafo, extrato de nogueira, uma parafernália artesanal para captar e descrever num grafismo estruturado a problemática humana, com sensível humor crítico enriquecido pela cor que aos poucos vai dominando o pintor, Orlando Guerreiro que ora se apresente inaugurando a galeria Centro de Convivência.
LUIZ HAMEM – Artista Plástico



Orlando Guerreiro – Abstrato no estilo, concreto na cor.
Vi e comprovei a autenticidade da obra de Orlando Guerreiro, um dos poucos jovens artistas plásticos que sobrevive de seu trabalho artístico, de sua confiança e garra para vencer.
Confesso que ele me pegou com sua pergunta “ingênua”: Você tem algum preconceito em relação à pintura abstrata?
Que responder... ou melhor, o quê não responder. Pois a resposta, quando não é espontânea, imediata, fica elaborada, retórica, presa ao rótulo.
Mas vamos ao que interessa: a pintura de Orlando Guerreiro é boa, muito boa, muito boa, tem qualidade, é forte e muito concreta na cor onde alcança expressão de mestre. Há nela o choque forte de quem subiu a serra do mar deixando lá em baixo as cores tranqüilas da paisagem praiana ambienta- se rapidamente nas tintas de maior impacto do planalto onde horizontais e verticais tem sempre peso contundente.